Usamos restrições e convenções sociais a fim de
reconhecermos desequilíbrios mentais. Pode se dizer que um homem é diferente,
comportar se de maneira fora do comum, ter ideias engraçadas e se por acaso ele
vivesse numa cidadezinha da França ou da Suíça, diriam: “É um fulano original, um dos habitantes mais originais desse
lugar.” Mas se trouxermos o tal homem para a rua Harley, ele será considerado
doido varrido. Se determinado indivíduo é pintor, todo mundo tende a considerá
lo um homem cheio de originalidade, mas coloque se o mesmo homem como caixa de
um banco e as coisas começarão a acontecer… Dirão que o homem é um louco
consumado. Essas opiniões não passam, entretanto, de considerações sociais.
Vejamos o exemplo dos hospícios: não é o aumento da insanidade que faz
nossos asilos ficarem apinhados; é o fato de não podermos mais suportar as
pessoas anormais, isto sim. Então parece haver muito mais loucos do que
antes."
Trecho da obra Fundamentos da Psicologia Analítica. C.C. Jung - Ed. Vozes
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