Às vezes nos perguntamos como o mundo atualmente parece estar tão confuso, agitado e cheio de perspectivas nebulosas, sombrias, ocultas. O tempo que estamos vivendo é mesmo de transição, de transformação e quem nos diz isso é o céu que paira sobre nossas cabeças. Geralmente algumas mudanças levam mais tempo para acontecer, mas de alguns poucos anos para cá alguns planetas, tidos pela astrologia como gigantes, tomaram novos rumos, entrando em novos signos e promovendo mudanças bastante significativas numa única grande onda.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Guerra no céu, guerra na Terra: os desafios da quadratura histórica entre Urano e Plutão
Às vezes nos perguntamos como o mundo atualmente parece estar tão confuso, agitado e cheio de perspectivas nebulosas, sombrias, ocultas. O tempo que estamos vivendo é mesmo de transição, de transformação e quem nos diz isso é o céu que paira sobre nossas cabeças. Geralmente algumas mudanças levam mais tempo para acontecer, mas de alguns poucos anos para cá alguns planetas, tidos pela astrologia como gigantes, tomaram novos rumos, entrando em novos signos e promovendo mudanças bastante significativas numa única grande onda.
domingo, 15 de novembro de 2015
A SOMBRA NA CONTEMPORANEIDADE: O MESTRE BUDISTA, O DISCÍPULO E A RELAÇÃO COM A SOMBRA
FACULDADE DE
CIÊNCIAS DA SAÚDE – FACIS
INSTITUTO
JUNGUIANO DE ENSINO E PESQUISA – IJEP
A SOMBRA NA CONTEMPORANEIDADE:
O MESTRE BUDISTA, O DISCÍPULO E A RELAÇÃO COM A
SOMBRA
Especialização em
Psicologia Junguiana
BRASÍLIA
2015
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INTRODUÇÃO
Sacerdotes,
gurus e demais mestres espirituais sempre tiveram um papel inegável. Sua função
social é intermediar o contato com o divino, ajudando o sujeito a entrar em
contato com “deus” ou pelo menos com a divindade que existe dentro de cada um
de nós. Eles facilitam esse processo clareando caminhos, trazendo lucidez,
informação, método, disciplina, sentido, inspiração e senso de propósito. Na
linguagem junguiana esse encontro com a chama divina, o numinoso, seria o
encontro com o verdadeiro self ou o si-mesmo. Um papel delegado na pós modernidade
também a outros profissionais tais como psicólogos, analistas e terapeutas. Entretanto
estes não serão tratados nesta pesquisa, mas apenas os mestres do budismo da
tradição tibetana.
A questão é que esses mestres, conhecidos
por serem os “detentores do conhecimento oculto sagrado”, têm cometido vários
equívocos, fato constatado pelo senso comum por meio de relatos e notícias na
mídia, dia após dia. No entanto, seres humanos como quaisquer outros, não seria
razoável que isso fosse minimamente compreensível? A questão é que muito
comumente buscadores, discípulos e mesmo a sociedade de um modo geral, não
encaram o tema desta forma. E por que isso acontece? Bem, uma das hipóteses é
que devido a altas expectativas por parte dos discípulos essa é uma relação que
já começa de forma desequilibrada. Geralmente o discípulo enxerga o mestre como
alguém com habilidades especiais, que transita entre “a terra e o céu”, como quem
tem poderes sobrenaturais, reforçados por tradições, regras, histórias, mitos e
livros sagrados. Por causa dessa premissa básica de que o mestre ainda é aquele
que faz a ponte entre os homens e os deuses, os discípulos se sentem muitas
vezes inibidos, despreparados ou mesmo incapazes de avaliar o nível de preparo
do mestre. Como se duvidar dele ou do processo espiritual fosse uma ousadia
imperdoável. Outra mística que acompanha o trabalho espiritual é a expectativa
de altíssimos resultados. Fator que pode isentar o discípulo de boa parte do
árduo trabalho espiritual, eximindo-o dos esforços necessários a práticas
complexas que podem ser bastante cansativas, no entanto, pessoais e intransferíveis.
Do ponto de vista do mestre também há
algumas armadilhas possíveis como, por exemplo, quando essa “autoridade
religiosa” se sente tentada a ocupar inapropriadamente uma posição de poder,
identificando-se com uma persona onipresente,
onisciente e onipotente, assumindo a postura de um verdadeiro deus, deixando-se
tomar por um complexo poderoso. Essas
e tantas outras possibilidades de relação entre mestre e discípulo podem gerar
uma dinâmica de sabotagem que pode levar ambos a caminhos bem distantes do self. O que seria um desvio do objetivo proposto,
uma vez que muitas pessoas realmente necessitam de orientação psicoespiritual. Uma
situação que pode chegar até a consequências desastrosas, nefastas, como a
pedofilia, o abuso de drogas, a promiscuidade sexual, como veremos mais à
frente.
O que motivou a pesquisa sobre o tema foi a
frequência com que passamos a ter conhecimento, por meio de notícias, sobre
relações mestre-discípulo que tiveram consequências negativas. Diante disso as
perguntas mais importantes que poderíamos fazer acerca do tema poderiam ser: será
que esse contato com a sombra,
durante a dinâmica religiosa, é positivo ou negativo? Até que ponto o trabalho espiritual
desenvolvido entre mestre e discípulo pode levar à revelação ou à alienação? E
dentro desta perspectiva, como distinguir o que seja revelação de alienação? Será
o confronto com a sombra uma
possibilidade de revelação? Afinal, se o lama budista, que é preparado
geralmente desde muito cedo a prover orientação espiritual e tornar a si mesmo
exemplo de conduta, como e porque em alguns momentos ele se perde no caminho produzindo
consequências desastrosas para si e para os outros? Por que alguns mestres
incorporam o tipo invencível, a persona
de um salvador, e não reconhecem suas fraquezas? Segundo Jung, ninguém vive sem
sombra, nem mesmo os mais altos
sacerdotes. Aliás, é justamente por trabalhar na perspectiva da busca da luz
que a sombra torna-se diretamente
proporcional, tão grande quanto a luz. Quem mais trabalha em busca de
iluminação mais sombra guarda em si.
Uma resposta plausível para essa difícil
questão poderia estar na questão da persona.
Uma forte identificação com a máscara de sacerdote ou de iluminado é algo muito
difícil de ser questionado pelo discípulo. E é isso que tentaremos mostrar. Pois
a identificação com uma persona de
construção social tão poderosa dificulta o confronto do sujeito com a sombra, podendo gerar forte alienação. Como o
próprio Jung afirma, a sombra é algo constitutivo
da alma humana, não há como negarmos um encontro com ela, principalmente quando
a intenção do trabalho é espiritual.
Para falar sobre persona e sombra
utilizaremos como base teórica a obra de Carl Gustav Jung. Pois que outra
teoria senão a analítica, que trata exatamente desses conceitos, complementares,
compreenderia melhor essa dicotomia entre complexos? Além disso a filosofia budista e a psicologia
profunda possuem muitos pontos de convergência quando tratamos de dualidade. Para
isso utilizaremos os principais livros da obra de Jung, textos e livros que
tratam do tema no âmbito do budismo e reportagens que mostram dramas reais que
aconteceram entre discípulos e mestres do budismo tibetano.
A pesquisa se compõe de (...)
O objetivo desta pesquisa é trazer
consciência para(...)
* A tese completa pode ser requisitada por meio do e-mail alinemaccari@gmail.com
Aline Maccari
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Eduardo Galeano: somos feitos de histórias
Eduardo Galeano, grande escritor uruguaio, nos deixou em abril deste ano. De sua aldeia ele pretendia alcançar toda a humanidade. Certa vez, em entrevista a um jornal, o repórter sugeriu que ele tivesse um olho num microscópio e outro num telescópio. Ele riu! É claro! De fato, Galeano compreendia o mundo de uma forma muito poética (Vênus no Meio do Céu), religiosa (Sol de casa 12, casa de Netuno), ampla e justa (muito provavelmente por causa de seu Ascendente em Libra).
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