segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Guerra no céu, guerra na Terra: os desafios da quadratura histórica entre Urano e Plutão

Plutão, Urano e Netuno no céu: Os deuses estão nos levando consciente ou inconscientemente a mudanças de padrão, paradigma, atitude, regra. Precisamos abrir mão de algumas coisas. Disso, nascerá antes de tudo o vazio, a inconformidade, o desespero, a ansiedade, a incompreensão e a incerteza. Eles estão exigindo de nós uma revolução pessoal e nacional. O que é velho, viciado e corrompido precisa partir. O futuro breve exige o frescor do novo, da verdade, da liberdade. O emprego, o sobrenome, a conta bancária, os títulos já não podem mais definir quem somos. É preciso renascer sob novos valores, mais nossos, mais consistentes, mais íntegros e dignos. Texto originalmente publicado em 18/05/15, com atualizações em destaque.


Às vezes nos perguntamos como o mundo atualmente parece estar tão confuso, agitado e cheio de perspectivas nebulosas, sombrias, ocultas. O tempo que estamos vivendo é mesmo de transição, de transformação e quem nos diz isso é o céu que paira sobre nossas cabeças. Geralmente algumas mudanças levam mais tempo para acontecer, mas de alguns poucos anos para cá alguns planetas, tidos pela astrologia como gigantes, tomaram novos rumos, entrando em novos signos e promovendo mudanças bastante significativas numa única grande onda.

domingo, 15 de novembro de 2015

A SOMBRA NA CONTEMPORANEIDADE: O MESTRE BUDISTA, O DISCÍPULO E A RELAÇÃO COM A SOMBRA


FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FACIS
INSTITUTO JUNGUIANO DE ENSINO E PESQUISA – IJEP


A SOMBRA NA CONTEMPORANEIDADE:
O MESTRE BUDISTA, O DISCÍPULO E A RELAÇÃO COM A SOMBRA


Especialização em Psicologia Junguiana

BRASÍLIA
2015
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INTRODUÇÃO

Sacerdotes, gurus e demais mestres espirituais sempre tiveram um papel inegável. Sua função social é intermediar o contato com o divino, ajudando o sujeito a entrar em contato com “deus” ou pelo menos com a divindade que existe dentro de cada um de nós. Eles facilitam esse processo clareando caminhos, trazendo lucidez, informação, método, disciplina, sentido, inspiração e senso de propósito. Na linguagem junguiana esse encontro com a chama divina, o numinoso, seria o encontro com o verdadeiro self ou o si-mesmo. Um papel delegado na pós modernidade também a outros profissionais tais como psicólogos, analistas e terapeutas. Entretanto estes não serão tratados nesta pesquisa, mas apenas os mestres do budismo da tradição tibetana.
A questão é que esses mestres, conhecidos por serem os “detentores do conhecimento oculto sagrado”, têm cometido vários equívocos, fato constatado pelo senso comum por meio de relatos e notícias na mídia, dia após dia. No entanto, seres humanos como quaisquer outros, não seria razoável que isso fosse minimamente compreensível? A questão é que muito comumente buscadores, discípulos e mesmo a sociedade de um modo geral, não encaram o tema desta forma. E por que isso acontece? Bem, uma das hipóteses é que devido a altas expectativas por parte dos discípulos essa é uma relação que já começa de forma desequilibrada. Geralmente o discípulo enxerga o mestre como alguém com habilidades especiais, que transita entre “a terra e o céu”, como quem tem poderes sobrenaturais, reforçados por tradições, regras, histórias, mitos e livros sagrados. Por causa dessa premissa básica de que o mestre ainda é aquele que faz a ponte entre os homens e os deuses, os discípulos se sentem muitas vezes inibidos, despreparados ou mesmo incapazes de avaliar o nível de preparo do mestre. Como se duvidar dele ou do processo espiritual fosse uma ousadia imperdoável. Outra mística que acompanha o trabalho espiritual é a expectativa de altíssimos resultados. Fator que pode isentar o discípulo de boa parte do árduo trabalho espiritual, eximindo-o dos esforços necessários a práticas complexas que podem ser bastante cansativas, no entanto, pessoais e intransferíveis.
Do ponto de vista do mestre também há algumas armadilhas possíveis como, por exemplo, quando essa “autoridade religiosa” se sente tentada a ocupar inapropriadamente uma posição de poder, identificando-se com uma persona onipresente, onisciente e onipotente, assumindo a postura de um verdadeiro deus, deixando-se tomar por um complexo poderoso. Essas e tantas outras possibilidades de relação entre mestre e discípulo podem gerar uma dinâmica de sabotagem que pode levar ambos a caminhos bem distantes do self.  O que seria um desvio do objetivo proposto, uma vez que muitas pessoas realmente necessitam de orientação psicoespiritual. Uma situação que pode chegar até a consequências desastrosas, nefastas, como a pedofilia, o abuso de drogas, a promiscuidade sexual, como veremos mais à frente.
O que motivou a pesquisa sobre o tema foi a frequência com que passamos a ter conhecimento, por meio de notícias, sobre relações mestre-discípulo que tiveram consequências negativas. Diante disso as perguntas mais importantes que poderíamos fazer acerca do tema poderiam ser: será que esse contato com a sombra, durante a dinâmica religiosa, é positivo ou negativo?  Até que ponto o trabalho espiritual desenvolvido entre mestre e discípulo pode levar à revelação ou à alienação? E dentro desta perspectiva, como distinguir o que seja revelação de alienação? Será o confronto com a sombra uma possibilidade de revelação? Afinal, se o lama budista, que é preparado geralmente desde muito cedo a prover orientação espiritual e tornar a si mesmo exemplo de conduta, como e porque em alguns momentos ele se perde no caminho produzindo consequências desastrosas para si e para os outros? Por que alguns mestres incorporam o tipo invencível, a persona de um salvador, e não reconhecem suas fraquezas? Segundo Jung, ninguém vive sem sombra, nem mesmo os mais altos sacerdotes. Aliás, é justamente por trabalhar na perspectiva da busca da luz que a sombra torna-se diretamente proporcional, tão grande quanto a luz. Quem mais trabalha em busca de iluminação mais sombra guarda em si.
Uma resposta plausível para essa difícil questão poderia estar na questão da persona. Uma forte identificação com a máscara de sacerdote ou de iluminado é algo muito difícil de ser questionado pelo discípulo. E é isso que tentaremos mostrar. Pois a identificação com uma persona de construção social tão poderosa dificulta o confronto do sujeito com a sombra, podendo gerar forte alienação.   Como o próprio Jung afirma, a sombra é algo constitutivo da alma humana, não há como negarmos um encontro com ela, principalmente quando a intenção do trabalho é espiritual.
Para falar sobre persona e sombra utilizaremos como base teórica a obra de Carl Gustav Jung. Pois que outra teoria senão a analítica, que trata exatamente desses conceitos, complementares, compreenderia melhor essa dicotomia entre complexos?  Além disso a filosofia budista e a psicologia profunda possuem muitos pontos de convergência quando tratamos de dualidade. Para isso utilizaremos os principais livros da obra de Jung, textos e livros que tratam do tema no âmbito do budismo e reportagens que mostram dramas reais que aconteceram entre discípulos e mestres do budismo tibetano.
A pesquisa se compõe de (...)
O objetivo desta pesquisa é trazer consciência para(...)

 * A tese completa pode ser requisitada por meio do e-mail alinemaccari@gmail.com 

Aline Maccari

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Eduardo Galeano: somos feitos de histórias

Eduardo Galeano, grande escritor uruguaio, nos deixou em abril deste ano. De sua aldeia ele pretendia alcançar toda a humanidade. Certa vez, em entrevista a um jornal, o repórter sugeriu que ele tivesse um olho num microscópio e outro num telescópio. Ele riu! É claro! De fato, Galeano compreendia o mundo de uma forma muito poética (Vênus no Meio do Céu), religiosa (Sol de casa 12, casa de Netuno), ampla e justa (muito provavelmente por causa de seu Ascendente em Libra).

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