segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Guerra no céu, guerra na Terra: os desafios da quadratura histórica entre Urano e Plutão

Plutão, Urano e Netuno no céu: Os deuses estão nos levando consciente ou inconscientemente a mudanças de padrão, paradigma, atitude, regra. Precisamos abrir mão de algumas coisas. Disso, nascerá antes de tudo o vazio, a inconformidade, o desespero, a ansiedade, a incompreensão e a incerteza. Eles estão exigindo de nós uma revolução pessoal e nacional. O que é velho, viciado e corrompido precisa partir. O futuro breve exige o frescor do novo, da verdade, da liberdade. O emprego, o sobrenome, a conta bancária, os títulos já não podem mais definir quem somos. É preciso renascer sob novos valores, mais nossos, mais consistentes, mais íntegros e dignos. Texto originalmente publicado em 18/05/15, com atualizações em destaque.


Às vezes nos perguntamos como o mundo atualmente parece estar tão confuso, agitado e cheio de perspectivas nebulosas, sombrias, ocultas. O tempo que estamos vivendo é mesmo de transição, de transformação e quem nos diz isso é o céu que paira sobre nossas cabeças. Geralmente algumas mudanças levam mais tempo para acontecer, mas de alguns poucos anos para cá alguns planetas, tidos pela astrologia como gigantes, tomaram novos rumos, entrando em novos signos e promovendo mudanças bastante significativas numa única grande onda.
Plutão, o planeta de morte e destruição, entrou em Capricórnio, o signo das estruturas, governos e sistema financeiro, em 2008. Urano, o planeta das revoluções, das transformações e do súbito entrou em Áries em 2010. E Netuno, planeta de espiritualidade, que dissolve egos, mas por outro lado promove ilusões entrou em Peixes, sua morada natal, em 2012. Ou seja, os três planetas mais lentos do sistema solar, e portanto os mais impactantes, representantes de forças inconscientes e coletivas brutais, estão atuando fortemente ao mesmo tempo e assim permanecerão ainda por vários anos. Plutão ficará em Capricórnio até 2024, Urano em Áries até 2018 e Netuno em Peixes até 2026.
De 2010 a 2015 (16) estaremos vivendo momentos de destruição e
renascimento
No entanto, as ondas de transformação mais significativas serão vistas quando esses mesmos planetas se organizarem de tal forma que o ângulo entre eles seja sinônimo de desafio: as quadraturas, os ângulos de 90º. A quadratura entre Urano e Plutão, por exemplo, que começou em 2011, com idas e vindas, estará ativa até 2017. Especialmente durante esse período já vivemos a Primavera Árabe e seus desdobramentos (Urano), o caos nas finanças da Europa (Plutão) e a ascensão de grupos pseudo religiosos, tomados de ambição, radicalismo religioso e sombra (Netuno). Só para se ter alguns parcos exemplos. Assim, de 2011 a 2017 viveremos transformações em nossas vidas pessoais, em família, em grupo, em nação e em escala planetária. Nenhum ser vivo sairá incólume desta guerra de Titãs. Esses movimentos se mostram mais precisamente quando formam ângulos perfeitos com os demais planetas. Quando o Sol entrou no signo de Áries, em 20 de março de 2015, por exemplo, reforçando a quadratura, esperamos que tais movimentos simbolicamente parecidos acontecessem novamente, na vida real ou psíquica, como a explosão de uma intuição, uma ideia, um desejo ou algo real, palpável e expressivo que afeta a vida de milhares de pessoas. Um infortúnio exemplo foi o acidente com o Airbus A320, que voava de Barcelona para Düsseldorf, e caiu no dia 24 de março nos Alpes franceses, matando 150 pessoas. Um evento de terríveis proporções que ainda será investigado por um longo período, mas que de imediato trata de levantar questionamentos importantíssimos sobre trabalho x sociedade e distúrbios psicológicos que são do trato de Netuno. 

A cada novo movimento eu, você e o mundo ganha novos elementos que montam um quebra cabeças de proporções mundiais e nos faz elevar a consciência sobre o caminho que a sociedade e que cada um de nós deve tomar.
Nesta semana vivemos dois terríveis desastres. Segundo a grande mídia teríamos presenciado o maior desastre natural da história do Brasil, com o rompimento das barragens em Minas Gerais (exploração de minério (da ordem dos elementos do fundo da terra  relacionados a Plutão) e contaminação das águas (relacionadas a Netuno). E os atentados em Paris, deixando centenas de mortos e feridos, dando início à guerra (quadratura Urano x Plutão) contra o Estado Islâmico (Netuno, a religiosidade e o psiquismo). Lembrando que o ataque de maior proporção foi na casa de espetáculos "Bataclan", um atentado contra a música (outra referência simbólica de Netuno).  Todas essas últimas movimentações acontecem logo após a entrada da Lua Nova em Escorpião, signo de morte e renascimento, signo regido por Plutão. 
Todo esse drama acontece ainda dentro de um cenário maior, o da crise migratória em que estamos vendo centenas de pessoas deixando seus países em guerra em busca da sobrevivência. O refúgio e a clausura são típicos dos assuntos da casa 12 do mapa astrológico, casa regida por Netuno. Quantas foram as mortes que presenciamos no mar, o próprio Netuno, desde o começo dessa grande saga?

Plutão em Capricórnio

O anão para a astronomia, no entanto gigante para a astrologia tem muito o que nos dizer. São do seu reino as expressões morte, demolição, fim. E em Capricórnio ele trata de ruir estruturas obsoletas, sociedades, bancos, governos, poderes, sistemas financeiro e político. Em nível pessoal isso pode representar a morte simbólica de uma figura estrutural na vida, como o pai ou uma autoridade, ou mesmo uma demissão no trabalho ou o fim de uma carreira. Tal posição abala ainda quando revira o status quo, quebra padrões sociais, tradições, ambições e controles. Como Plutão está em oposição a Câncer, o signo da mãe, do lar, segredos familiares podem vir à tona, transformando pessoas que não tem relação consanguínea em famílias, promovendo um forte senso de sobrevivência. Plutão no último signo de terra também vive ambição desmedida.
Neste movimento também estamos vendo grandes discussões sobre o sentido e a constituição de família em nível político e social. 
*Para mais detalhes sobre Plutão em Capricórnio acesse: 
Urano em Áries

O gigante transpessoal, no primeiro signo de fogo do zodíaco, o signo do Eu e da auto-afirmação tem trabalhado principalmente sobre nosso senso de individualidade. Como se ele estivesse nos perguntando se depois dessa grande reviravolta, quem somos nós. Urano é compreendido pela mitologia como Prometeu, o que roubou o fogo dos deuses, pela justiça na terra, salvando os homens do frio e da fome. Em Áries ele lidera a conquista de um sujeito, novo, novíssimo, no entanto de forma imprevisível, explosivo, nervoso, bravo, independente, radical e revolucionário. Podendo despertar as forças de uma nação inteira em busca de liberdade e uma nova identidade, como é o caso da Tunísia, por exemplo, que iniciou a Primavera Árabe com Mohamed Bouasisi ateando fogo ao próprio corpo. Ou como na vida do nosso vizinho que decidiu abandonar o trabalho e o lar, em busca de um novo EU, numa viagem fantástica, apenas com bilhete de ida.


Guerra de titãs 

Pois como se já não bastasse um deles, agora ambos estão em confronto: Plutão e Urano. Nesses especiais momentos a psique coletiva parece tão inconsciente quanto inconsequente e é capaz de mover a massa em busca do novo, já que o velho apodreceu. Um duelo de Titãs onde não adianta tomarmos parte de um ou de outro. Estamos no meio da arena e não há para onde correr a não ser sentir o chão tremer sob os pés. A única coisa que se sabe é que depois desse grande embate nada será como antes. É por isso que você, seus amigos ou a Grécia estão em profundo processo de transição e transformação.


Áries x Capricórnio

De um lado do ringue está Áries, o indivíduo e do outro Capricórnio, o sistema. Esta é uma briga entre signos conhecidos como cardeais (ambiciosos, fortes, ativos, independentes, cheios de iniciativa), aqueles que tem a força para começar uma nova estação. E se assim o fazem porque não fariam brotar em nossa vidas uma outra primavera? 
O que os astros provocam não precisa de explicações muito elaboradas. No fundo há uma simplicidade nisso tudo. Basta assistir aos jornais e acompanhar a Ucrânia, a Grécia, a França, o Brasil tomado de manifestações e controvérsias desde 2013. E ainda não acabou! É como se estivéssemos cansados de ser o que não somos, no ambiente de trabalho ou como cidadãos. Regimes totalitários e chefes desumanos estão com seus dias contados. Ditaduras e cartões de crédito ilimitados também. E quando nos perguntam sobre as cenas dos próximos embates, Urano deixa claro uma única coisa: tudo é possível. Como aguardar, se preparar ou se proteger do inesperado? São mesmo mudanças sociais profundas, transformações na natureza... o mundo parece estar acabando... e está de fato, a forma como o conhecemos está morrendo. Um novo mundo se mostrará para nós em breve. Um mundo que sem perceber estamos ajudando a construir. 

"Segure nas mãos dos Deuses e não olhe para trás"

Sim, tudo isso dói. Principalmente quando nossos processos ainda não são claros para nós e não sabemos porque algo acontece sem que nós queiramos, fora do nosso controle. Uma das lições de Plutão em Capricórnio e Urano em Áries é justamente o fim da fantasia do controle. Os dois signos cardeais, que tem as rédias da vida nas mãos estão em condição de perder o controle a qualquer momento. É nessa hora que a sensação de confiança em algo maior, superior, espiritual, intuitivo, inconsciente, profundamente verdadeiro, como o self (a essência do ser para o psicólogo Carl Jung), se faz necessário. E é justamente aí que entra a lição de Netuno em Peixe. Pois é exatamente quando perdemos totalmente o poder sobre as coisas que reavaliamos nossa ligação com o divino e quiçá finalmente a vida entra nos eixos. Enquanto a quadratura entre Plutão e Urano desestrutura, Netuno dissolve. No final das contas não haverá pedra sobre pedra velha! É vital que enxerguemos que há algo maior que nós.

A casa em que tais planetas se apresentam em seu mapa de trânsito falam sobre a área da vida onde acontece uma profunda transformação. Uma análise detalhada do mapa pode ajudá-lo a encontrar mais clareza sobre como proceder diante dos terremotos da sua vida pessoal.
Diante de um cenário tão caótico uma lição aprendida a cada dia reforça a sensação de instabilidade. Mas, a longo prazo nos oferece um norte. Uma noção que poderia ser compreendida como a presença real da IMPERMANÊNCIA. Um conceito ligado às religiões orientais, mas que poderia ser incorporada a todos nós como algo mais amplo e de profunda sabedoria, não importando sua origem. Se compreendêssemos que a impermanência das coisas é uma verdade em si, podemos aprender a dar valor às coisas, pessoas e oportunidades que podem não estar conosco, de uma hora para a outra.  
Aline Maccari

Todas as obras apresentadas neste post são colagens psicodélicas de Larry Carlson. Elas são apenas ilustrativas e não mostram o interesse da Astróloga por alienígenas!

Texto originalmente publicano em 18 de maio de 2015. As atualizações grifadas foram feitas em 16 de novembro de 2015.

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