quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O EU e mais nada: Lua Cheia em Áries

Marc é diretor de um dos maiores bancos da Europa, o Phoenix , o que sempre renasce das cinzas
Na França um jovem e ambicioso administrador assume a presidência de um dos maiores bancos da Europa. Seu primeiro plano é demitir 10% dos funcionários espalhadas pelo planeta. Como tornar o banco ainda mais competitivo, concentrar lucros e desmantelar a vida de dezenas de funcionários sem parecer um crápula? Difícil, mas ele consegue. No ápice da carreira, Marc o banqueiro, transgride o modo europeu de lidar com negócios e se rende ao capitalismo selvagem e inconsequente dos sócios norte americanos. Aos 48 anos ele se torna um dos pivôs desse jogo em escala mundial que permite que instituições financeiras ditem regras a nações inteiras.
Um jogo que já conhece os ganhadores e os perdedores e que continuará desmantelando economias, estratégias políticas, culturas locais até chegar ao limite da ética pessoal frente ao desespero da miséria humana.
A "Perséfone Negra" é modelo da Victória Secret e seu esporte favorito é
atentar o "Hades" do mundo dos negócios. Seu futuro na trama estará nas
mãos da mitologia grega.
Marc comete todo o tipo de ilegalidades para se manter no cargo sem o menor sentimento de remorso pelos colegas, funcionários, conterrâneos, esposa ou filhos. Sua obsessão gira em torno do quanto pode ganhar e do quanto pode gastar com artigos de luxo até uma prostituta que vale um milhão de dólares. Poderíamos dizer que Marc tem alguns traços de psicopatia. Sem se abalar emocionalmente e cada vez mais entusiasmado ele passa como um trator pela vida dos outros, pelas regras sociais, seguindo em frente sem avaliar as consequências. 
Essa poderia ser a história de um político brasileiro, de um banqueiro qualquer, um empresário, mas é a sinopse de um filme em cartaz nos cinemas: O Capital, de Costa-Gavras. O diretor não poderia ser outro senão grego. O país que foi berço da civilização ocidental foi um dos primeiros a se ver nas mãos do Fundo Monetário Internacional e sentir a tragédia de perto. Uma tragédia que começou lá atrás, quando inventaram os infernos de Hades, o reino de Plutão.
1,8 milhões de dólares por ano não são o bastante. Hades quer mais
O filme mostra a realidade atual vivida pela Europa em detalhes, sórdidos e sem perspectivas de resolução. A história de Gavras é realidade na Terra e no Céu. Sensível, ele reproduz como ninguém uma quadratura que tem tirado o sono do mundo. Desde 2008 com a entrada de Plutão, o deus da morte, no signo de Capricórnio (terceiro signo de terra), que rege as estruturas sociais e a vida financeira o cenário se fez árido. Plutão atualmente forma quadratura com Urano, o rebelde, libertador da verdade e ainda com Júpiter que está em Câncer, signo que representa o lar, a família, o nascimento, as emoções (em crise).
Hoje e amanhã podemos nos sentir o centro do
mundo. Vamos adorar orbitar em torno do nosso
próprio umbigo. Hoje pode ser dia de guerra
Porque falar dessa quadratura nefasta hoje? No céu desta quinta e sexta a Lua se faz Cheia no signo de Áries, o signo do EU, desencadeando ainda mais egoísmo. Atualmente o Sol em Libra, signo do OUTRO, nos faz refletir também sobre parcerias, sociedades e casamentos. Assim, o eixo EU - OUTRO é tema para forte reflexão nesses dias. Aqui em baixo, parece que estamos vivendo uma psicopatia coletiva. Não enxergamos o outro e nossa cegueira é endossada pela insensibilidade do colega ao lado que age da mesma forma. Um comportamento que tem sido reproduzido, estimulado e poucos de nós têm se dado conta do nosso grau de egoísmo. A Lua Cheia em Áries paira no céu desses dias podendo deixar os europeus ainda mais desnorteados, os americanos ainda mais manipulados e nós ainda mais ensimesmados. Quando isso tudo acaba? Bem, vai demorar. No filme O Capital, a cena final de Marc é emblemática sobre o tempo que estamos vivendo. Ele entra na sala de reuniões, frente a dezenas de pessoas, entre acionistas e colegas de trabalho e diz: "Sou o Robin Wood às avessas. Vou continuar roubando dos pbres para dar aos ricos". Ovacionado ele se despede afirmando: "Veja só! São todos uns meninos grandes. E eles vão continuar brincando com a vida até que tudo exploda". Em dia de Lua Cheia em Áries precisamos nos lembrar a diplomática habilidade de libra de desarmar bombas.
Aline Maccari

"O Capital" do cineasta Costa-Gavras pode ser visto atualmente nos cinemas. Sensível à realidade mundial o diretor grego mostra como poucos um filme totalmente sintonizado com o momento, o social,  o desespero financeiro e  as covardias humanas.
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