quarta-feira, 16 de outubro de 2013

No centro de Brasília... dia de Lua em Peixes

Essa é a casa de alguém. O endereço: W3 Sul, quadra 502, entre o Colégio e a Igreja Dom Bosco
Sob o efeito de uma Lua em Sagitário eu exploraria a cidade inteira, a devoraria. Me admiraria com seu exotismo retrô e sua arquitetura ousada. Sob os efeitos de uma Lua em Capricórnio eu me prenderia ao centro nervoso, cheio de prédios, negócios, dinheiro rolando. E me lembraria imediatamente da frase de um ex chefe babaca que dizia que Brasília fedia a dinheiro. Numa Lua em Aquário eu me deixaria engolir pelo fluxo de pessoas, conversas e ideias. Mas, sob humores de uma Lua em Peixes eu parei, olhei para o outro lado da rua e fui capturada pelo o que normalmente ninguém vê, o que está perdido no cenário. Em Brasília, no começo da W3 sul, avenida central, a casa de alguém me chamou a atenção. O endereço é: Atrás da parada de ônibus, entre o Colégio e a Igreja Dom Bosco, CEP: 70.000 000. A Lua rege nossos humores, sensibilidade e guia nossos olhares com os afetos do coração. No signo cujo bicho é símbolo do cristianismo somos capazes de ver os pobres, os excluídos e os que buscam redenção. Se não fosse por ela, a Lua, talvez não tivesse me tocado e agora que vi preciso contar e dividir. Ele mora ali! E o passar de pessoas e carros não muda nada. Ele sabe da realidade que vive. Na entrada da casa uma mensagem profética: "Ainda é tempo de correr". Ao fundo a imagem de Saturno, santo que abençoa e decora a casa como imã de geladeira, avisa da escassez que lhe é natural e do aprendizado nessa vida que é pesado. O grande trígono das águas que está nos céus no momento (Lua e Netuno em Peixes, Saturno em Escorpião e Júpiter em Câncer) se faz realidade bem diante de nossos olhos. Para que serve um céu desses? Para ver o que passa desapercebido em meio a uma grande quadratura que oprime o mundo inteiro atualmente, transformando tudo em mercadoria. Plutão a 90° de Urano e Júpiter nos faz esquecer da sensibilidade, a empatia, o acolhimento e a salvação que só as águas podem suscitar. Meu pequeno protesto é no sentido de alertá-los a ver. Ver, sentir e se possível denunciar a nossa apatia e indiferença. E se por ventura você passar por lá e o morador estiver varrendo a casa diga lhe pelo menos bom dia, ofereça a ele o mínimo de humanidade. Afinal, nos dias em que nossas moradas interiores não são muito maiores que isso somos idênticos a eles. Em dia de Lua em Peixes sentimos todas as fragilidades do mundo.
AM

"Quem tem Deus como império no mundo não está sozinho, ouvindo sininhos!"

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