quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Quíron: a dor e a cura

O manuscrito medieval traça um paralelo entre o corpo e os signos. Cada parte seria regida
por um dos 12 ajudando os antigos a diagnosticar doenças. Na antiguidade os estudos da
cura são do domínio de Quíron, mestre centauro e Asclépios
A quarta feira começa com Lua em Sagitário e Sol em Escorpião. O dia é de preocupações, buscas e profundidade, no entanto com o auxílio do entusiasmo, o otimismo e a expansividade do arqueiro. Somados, Escorpião e Sagitário são poderosos, buscadores incansáveis. E geralmente quem busca acaba por encontrar. Outro planeta considerado regente do signo de Sagitário é Quíron. Diferentemente dos outros sátiros, o centauro era uma figura bondosa, civilizada e extremamente inteligente.

Filho adotivo de Apolo, o deus Sol, ele teve a oportunidade de ser muito bem formado tendo estudado artes, música, filosofia, ética, artes divinatórias, profecias, astrologia, ervas medicinais e a arte da cura. Algumas versões do mito contam que num embate entre o céu e a terra, os deuses e os mortais, Quíron tentou intermediara a disputa e acabou sendo atacado por uma flecha. Noutra versão ele teria sido flechado acidentalmente por Héracle que o teria confundido com um sátiro em meio a uma festa de casamento. De qualquer forma, a flecha embebida em veneno não o matou, mas o fazia sentir dores intermináveis. E foi justamente essa ferida que nunca cicatrizava que fez de Quíron o maior de todos os curandeiros. Porque só aquele que sente a dor em si é capaz de, por meio da empatia, sentir a dor do outro, ou pelo menos se colocar no lugar dele.
Quíron ensina Aquiles
Quíron se tornou um dos mais antigos professores da mitologia grega e também cirurgião. Seus ensinamentos se tornaram preciosos para alguns famosos discípulos, entre eles Asclépios, considerado o pai da medicina, Teseu, Ajax, Fênix, Aquiles, Jason e até Dioniso. Ele teria sido um preparador de heróis. Quíron teve um trabalho tão relevante e foi tão respeitado que ganhou um lugar especial na constelação de Sagitário. No mapa astral natal, principalmente nas casas 1 (identidade), 6 (trabalho e saúde) e 10 (carreira e vida pública) ele aponta aqueles que são curandeiros, médicos, buscadores, xamãs, psicólogos e astrólogos. Em alguns posicionamentos também pode significar uma ferida difícil de cicatrizar. A astronomia moderna o descobriu em 1977, período em que as pessoas se voltam para antiguidade para resgatar esse tipo de conhecimento esquecido, coincidindo com o nascimento da medicina holística nos Estados Unidos e na Europa. Seu glifo tem a forma de uma chave que pode ser entendida como uma chave para a transmutação, a transformação. A órbita de Quíron é de 49 e 51 anos. E a sua influência no mapa, no que diz respeito aos efeitos dos trânsitos planetários, é discutível. São poucos os estudos mais aprofundados a respeito do asteróide. Este "curador" pode aliviar não apenas as dores do corpo, mas também as da alma e de formas muito diferentes. Profissionais de outras áreas, que não a da saúde, quando possuem Quíron em posição de destaque também podem levar sua missão muito a sério, no sentido de elucidar e libertar seus iguais do sofrimento. O que pode acontecer com advogados, jornalistas e até empresários. Atualmente Quíron está em oposição a Marte. Vivemos tempos de dor e de cura.
AM
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