No céu de hoje até quinta-feira(19) Mercúrio, o deus da comunicação, no signo de Escorpião, forma uma oposição com Urano em Touro. Como Mercúrio já foi e voltou a Escorpião, durante sua longa retrogradação, estamos passando por este ponto da história novamente. Ou seja, há algo que definitivamente precisa ser revelado neste ângulo do mapa ou neste ponto da narrativa. Nestas ocasiões nos sentimos inquietos, irritados e questionadores, como quem está próximo a descobrir um segredo. Esta mesma "desavença" entre Mercúrio e Urano produz intolerância, radicalismos e conflitos. Mas sua faceta mais significativa se caracteriza como um encontro capaz de revelar o que está escondido nas entrelinhas, em acordos escusos e até mesmo em paraísos fiscais. A última vez em que Mercúrio e Urano se encontram desta forma foi por volta do final da primeira semana de Outubro deste ano, quando o jornal The New York Times revelou em reportagem especial que as empresas de Donald Trump lucraram milhões em troca de favores durante o seu governo. Aquela edição mostrou ainda que o Presidente Norte-Americano levava lobistas para os seus hotéis e resorts, faturando milhões de dólares, misturando interesses pessoais e de Estado. Uma notícia bombástica que se somaria às reportagens sobre as sonegações fiscais milionárias de Trump e que culminariam entre outras coisas, na resposta que vimos nas urnas na última eleição.
Assim, da mesma maneira que tivemos revelações importantíssimas naquela ocasião, passaremos pelos próximos três dias por um período com qualidades arquetípicas similares em que poderemos revirar e descobrir coisas incríveis, de segredos palacianos a confidências familiares. Para quem está em busca da verdade este é um momento muito propício para tateá-la.
Sobre Dalí, a única coisa que me passa pela cabeça é que sendo ele taurino do dia 11.05.1904, com Sol, Mercúrio e Marte conjuntos em Touro, a supressão do veneno do Escorpião pode ser também a negação de um aspecto sombrio do signo oposto e complementar. Alguns biógrafos do artista mencionam o fato de, um dos pintores mais famosos do século XX, ter sido estéril, ou seja, incapaz de reproduzir-se. Quão terrível pode ter sido para um homem com tantos planetas em Touro e profundamente fértil em sua obra, descobrir que seria incapaz de deixar um herdeiro? Vejam como causa inquietação os segredos e as representações simbólicas que não se mostram como nós a conhecemos. Talvez seja esta uma das funções da arte, em especial do surrealismo: mobilizar nosso inconsciente em busca dos próprios escombros, desconhecidos, mistérios e não ditos.
O que falta ou o que sobra, numa pintura, num acordo ou num diálogo, pode ser a pista que precisávamos para uma revelação importante. Sigamos as pistas!
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