Esta semana tivemos a LUA NOVA em CAPRICÓRNIO conjunta a PLUTÃO, iniciando um novo ciclo. E embora Plutão seja deus de renascimento e regeneração, a etapa que antecede essas duas é a morte. Ou seja, para renascer será preciso morrer. Assim, antes de alguma transformação acontecer, este "senhor infernal" nos levará até os confins de Hades. Por isso a sensação de limite!
Por falar em limite, Urano voltou ontem ao seu movimento direto. E como estamos saindo de anos muito Capricornianos e embarcando em anos bem Aquarianos, a temática arquetípica contida em Capricórnio-Aquário ou Saturno-Urano são as mesas: o fim de algo velho, para o início de algo novo. Ou seja, estamos mais uma vez numa situação extrema, em plena transição. E por estarmos neste ponto da história e ainda vislumbrando os desafios que nos aguardam na semana que vem, com a grande tensão entre Marte-Urano-Júpiter-Saturno, eu possa dizer que sim, dias piores sempre vêm antes de um ponto importante de virada.
Nesta quinta-feira tivemos um dos dias mais sombrios no Brasil e no mundo. Aqui no país, o número de casos aumentou em mais de 50%. E em Manaus, pacientes graves de Covid, dependentes de ventilação artificial, vieram a óbito por falta de oxigênio. Segundo os médicos do hospital, os pacientes morreram por pura asfixia, como peixes agonizantes fora d'água. O negacionismo que domina parte do Brasil está literalmente matando os nossos familiares.
Na Europa, com especial atenção a Portugal, os dias de inverno, confinamento e morte se acumulam. São muitos os portugueses que me contam sobre a situação dramática que estão enfrentando diariamente, com um número de óbitos proporcionalmente impressionante. Somado a tudo isso estamos diante de episódios de desemprego em massa, falta de subsídios, desalojamento e fome, com greves e manifestações à vista.
Assim, "dias piores virão", diante deste "fundo do poço", porque estamos perto do limite da vida, da paciência e da falta de recursos materiais e psicológicos. Talvez seja isso que este momento esteja nos provocando. Ele estaria a nos perguntar: Qual é o seu limite? Qual situação já se tornou insustentável para você? Alguns saberão responder a estas perguntas logo de cara. Outros, verão sintomas físicos e psicológicos falando em seu lugar. Este é um momento de grande adoecimento não apenas do corpo, mas da alma. E é por isso que este é também um momento, antagonicamente falando, de grande riqueza. Porque para muitos é só quando batemos os pés no fundo do poço que temos a certeza de que chegamos aos confins, ao extremo. E dali pra frente o que vêm é luz, porque pior do que está é impossível ficar. Eis o ponto da transmutação! A não ser para alguns que são íntimos da perversidade e da morbidez.
Como já disse, semana que vem iremos enfrentar mais um cenário celeste tensíssimo que nos empurrará a um limite e nos desafiará a uma resposta. E com Aquário em jogo, num 2021 tão aquariano, talvez só a mobilização e a manifestação dos nossos desejos e angústias, individuais e coletivos é que possam ser a mola propulsora de alguma transformação possível. Só enxergamos o começo de Urano, quando chegamos ao limite do limite de Saturno.
Aline Maccari
Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana
Diário da Astróloga: 15.01.21 | O céu e a Terra nos falam sobre a mesma coisa: estamos no fundo do poço. A sensação de termos encontrado um limite reverbera no mundo todo. Como você está lidando com isso? Qual é o teu limite? Com Marte e Urano na área a situação deve ficar ainda mais crítica.
Aline Maccari
Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana
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