sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

CÉU DE HOJE: imagens do feminino

Outro dia, passando os olhos sobre as postagens dos amigos nas redes sociais não pude deixar de notar um comentário da Malu. Ela observava o quanto era inconveniente para ela que a atriz Mariana Ruy Barbosa, de vinte e poucos anos, estivesse cada vez mais contracenando com pares românticos cuja idade seria o dobro da sua. Interessada sobre a discussão, segui os comentários das amigas da idade dela sobre o assunto. Eu queria saber até onde iria a coisa.
A maioria delas também se irritava profundamente com a forma como o feminino é explorado ou pelo menos se permite ser. E propunha novas formas de lidar essa exploração da imagem da jovem mulher associada a de um homem, supostamente bem sucedido, com idade para ser seu tio ou mesmo seu pai.
Ontem à noite assistia à Rainha do Deserto com Nicole Kidman no papel principal. No alto de seus quarenta e oito anos ela se jogava aos pés de seu "papai", implorando por aventuras do outro lado do mundo, como quem tem vinte e tantos anos. Em plena menopausa, a atriz tinha dificuldades em abrir o genuíno sorriso de aventureira juvenil que lhe era exigido. O botox lhe denunciava, a falta de inocência no olhar a descredenciava para o papel. 
Afinal, que mulheres imaginárias são essas? Que tempos são esses? Que papéis estão a representar? 
Em dia de Lua em Libra (regida pela Vênus), tensionada por Urano e Plutão; Sol e Netuno em quadratura com Saturno, queria propôr uma discussão sobre a imagem do feminino e sua deturpação. Estamos no mês pisciano, e falar de Peixes, é falar de imagem. E falar de imagem é falar de símbolo, alimento consumido pela psique, todos os dias e que diz muito sobre o que estamos vivendo, que padrões estamos reproduzindo, muitas vezes viciados. Em dia de Lua em Libra, gostaria de tratar do feminino com delicadeza e cuidado, respeitando seu tempo, sua precocidade ou sua maturidade, sua autonomia, colocando essas figuras no seu devido lugar. Os mitos não são tema da antiguidade. Novos mitos são criados pelo cinema, a TV e as novas mídias, todos os dias. E não precisamos aceitá-los passivamente. Padrões, feminino e masculino, passividade e reação são algumas das palavras para hoje.
Aline Maccari
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