sábado, 28 de maio de 2011

Astrologia e felicidade.


É triste, mas é verdade. A vida não é como uma propaganda de margarina, onde somos plenamente felizes, jovens, magros, ricos e sedutores o tempo todo. Isso seria humanamente inviável e astrologicamente impossível. Na astrologia existem dois mecanismos que funcionam ao mesmo tempo. Um deles se chama Júpiter, planeta que representa expansão, conquista, sucesso e fortuna. E o outro se chama Saturno, o nosso senso de restrição, disciplina e limite. Ambos estão presentes no mapa astral de qualquer pessoa. E só com o balanço entre esse dois princípios que podemos viver de forma equilibrada. Porque quem sempre expande perde a noção da realidade. E quem vive repetindos episódios de insucesso não suportará o peso da vida. Assim não existe felicidade o tempo todo. O que existe é uma necessidade imediata de se repensar a felicidade como algo real e alcançável, para cada um de nós, individualmente. O que a astrologia tenta explicar é que alegria e tristeza são cíclicas. E que períodos de êxtase acabam e períodos de luto também. A dinâmica da vida tem a ver com a dinâmica do céu. Entendê-la na vida real é dificílimo. Aceitá-la então, mais ainda. Mas só de saber que ela existe, nos deixa em contato com uma vida mais verdadeira. Tristeza, depressão, amargura, aflição, agonia, apatia vêm, mas passam. Assim como as luas e as nuvens. Dias de sol e dias de chuva.

Aline Maccari

(Versão redusida do ensaio "Astrologia, Margarina e Felicidade" para o Jornal Coletivo, desta vez mais light, sem margarina.)

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