quarta-feira, 13 de abril de 2016

CÉU DE HOJE: o passado e o medo

Xilogravura do artista pernambucano Gilvan Samico: Rumores de Guerra em Tempos de Paz.
Não é brincadeira começar o dia falando de passado e de medo. Mas, vai que algumas palavrinhas colocam tudo no seu devido lugar antes da labuta começar. No céu desta quarta-feira, tão farto de acontecimentos tensos, agitados e mirabolantes é possível ver ao fundo o temor guiar nossas ações. A Lua em Câncer, logo ela tão frágil, nos inunda disso. É uma questão puramente ligada à auto-preservação.
O medo, como uma seta, nos indica o que evitar, sabiamente. Estamos passando por uma fase desafiadora. Não que nos falte garra, mas as adversidades são tantas que o melhor seria nos defendermos simplesmente, invés de empreendermos uma nova aventura destemida. Por hoje é como se o passado apresentasse ainda algumas contas a serem pagas. Sob esta Lua, alguns "mortos-vivos" também podem se levantar da tumba e da memória e aparecerem como quem cobra algo que ficou para trás, ainda que fosse uma promessa de felicidade que não se cumpriu. E não subestime! Quem não foi feliz tem chances maiores de fazer estragos na vida dos outros, a cobrar o que não têm preço. Com medo, num dia tão ímpar eu me voltaria para o protegido espaço da solitude, lugar de reflexão interior e tentaria ver o quê em mim não matou aquele zumbi quando era tempo. Nesses momentos, como bom antídoto, Clarisse Lispector é mestra: "Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Aline Maccari
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