segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédia e compaixão

A Pietà de Michelangelo
O incêndio na boite Kiss em Santa Maria, na noite de ontem, é o segundo pior na história do país. Nos próximos três dias de luto oficial esperamos nos recompôr enquanto nação. Para aquelas família, certamente serão meses, talvez anos para que suportem carregar a dor do que aconteceu aos seus filhos. Tentar buscar explicações, sejam elas quais forem, ajuda a trazer algum significado em um momento tão doloroso para tantas pessoas. E olhar o céu da noite de ontem, numa análise posterior ao acontecimento pode provocar reações de conforto ou desconforto extremo. A astrologia pode fornecer a qualquer evento, seja da vida de alguém ou da vida coletiva de um país, explicações anteriores ou posteriores aos acontecimentos. E obviamente tratar deles após ocorrido torna-se mais fácil, porque prever uma situação como a de ontem  está acima da capacidade analítica, argumentativa e humana de qualquer profissional. Antever eventos dessa magnitude seria simplesmente perverso. No entanto, passado o domingo, por analogia, hoje é possível compreender que a Lua Cheia em Leão (signo de fogo), no céu de ontem em oposição ao Sol e a Mercúrio em Aquário (signo regido por Urano, planeta do violento, do repentino) e em quadratura com Saturno (o maléfico como conhecem os astrólogos antigos) configurava eventos desastrosos. Somado a Urano em Áries, o fogo toma uma proporção muito maior e coletiva. Do outro lado do planeta o céu regido pelos mesmos arquétipos matou e libertou prisioneiros da refinaria argelina e abriu caminho às tropas francesas em Mali. Episódios que carregam a mesma carga mitológica dentro de si aconteceram e acontecem simultaneamente. Assim como vários casais podem ter entrado em conflito durante a oposição entre o Sol do nós (Aquário) e a Lua Cheia do eu ( Leão) em discussões sobre os sentimentos vividos por um ou pelos dois. E saber disso tudo antes ou depois do ocorrido pode não trazer solução à situação, mas traz a percepção de que há algo muito maior que nós regendo os acontecimentos aqui embaixo. Saber que não se tem o controle da vida nas mãos pode novamente gerar conforto ou um desconforto assustador. Mas como o que mais queremos é ter nossas perguntas mais inquietantes respondidas, o céu pode trazer o mínimo de lógica ao que parece não ter organização alguma, o caos. Saber o que aconteceu ontem e hoje pode ainda ajudar antes de tudo a entender o que vai acontecer em seguida. Com a Lua Cheia em oposição a Marte (planeta da guerra) em Aquário (signo colérico e justiceiro), o dia será de indignação e raiva. Um sentimento de revolta toma conta do país. No entanto o céu do mês aquariano é também o céu do coletivo, do cidadão que se revolta com episódios de injustiça e vai em defesa de uma vida em grupo mais digna. Janeiro e Fevereiro se repetem, sempre falam de tragédias, seja pelo fogo ou pela água, que unem a sociedade em torno de algo maior, em nome da evolução social. A Lua em Virgem desta terça e quarta pede a nós união, consolo, acolhimento. O sofrimento do outro precisará da nossa compaixão, em Santa Maria, França, Mali ou Brasília.
AM

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