quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A fada madrinha

Nas fábulas, são elas, as fadas, que nos levam de encontro a nossa sina, sorte ou fortuna. Aliás, a palavra portuguesa fada vem do latim fatum que significa destino, fatalidade ou fado. 
Hoje, ao acordar, antes de mesmo de enfiar os pés nos chinelos para nos prepararmos para o trabalho deveríamos ter agradecido a existência de um ser especial em nossas vidas: as fadas madrinhas. Sim! Na data de hoje elas são comemoradas, desde os tempos sem princípio. E como celebrá-las noutro dia senão numa lua crescente em Touro (signo regido pela Vênus, planeta da alma feminino), sob o Sol em Aquário. Imaginação e criatividade são as palavras de ordem deste mês, regido por aquele que por tantos anos passou de tribo em tribo, de vila em vila, ouvindo e dividindo conhecimento, carregando nos braços o pote de água que representa a sabedoria e ouvindo histórias. 

Os aquarianos são de fato mensageiros. Nas fábulas, são elas, as fadas, que nos levam de encontro a nossa sina, sorte ou fortuna. Aliás, a palavra portuguesa fada vem do latim fatum que significa destino, fatalidade ou fado. As fadas e fábulas não são tão antigas quanto os mitos, mas com um simples "Era uma vez" a fantasia invade nossa consciência e nos explica e orienta sobre como proceder. As fadas nos ajudam a entender momentos específicos da vida como o nascimento, a maturidade, a velhice e a morte. E também sentimentos de amor, ódio ou inveja. Elas nos encantam, se transformam em outras entidades, animais e nos colocam de volta nos trilhos do destino. Elas podem ser mulheres belíssimas, amorosas ou bruxas horrendas e perversas. E nos tocam íntima e inconscientemente de uma forma não muito diferente das histórias sobre entidades religiosas ou deuses antigos. Geralmente as fábulas tem um núcleo comum onde o herói ou a heroína busca uma realização pessoal e as provações do caminho são como um ritual de transformação e aprimoramento. 
De alguma forma todos os contos de fadas possuem uma narrativa muito similar em se tratando de seu formato e ao final trazem uma mensagem de fundo moral. Para os estudiosos da psicologia junguiana o conto de fadas é uma coisa séria. Essas histórias são motivo de análise profunda e podendo refletir psicodramas da infância, espelhando lutas em nível simbólico e real que a criança trava dentro de si. A tradição oral da contação das histórias ajuda geração após geração a enfrentar os desafios da vida à partir do momento em que as fábulas são um "palco de acontecimentos imagéticos" onde a criança se vê e se resolve nelas com a ajuda de uma "entidade superior". É a fada quem nos guia desde a travessia (por terras distantes e mágicas, cheias de desafios e obstáculos), passando pelo encontro (com uma presença malévola, a descoberta da sombra), a conquista (a morte do mal ou o embate), até a celebração (um evento ou uma grande festa que sele sua vitória). 
Uma linguagem que com o passar dos anos foi perdendo características sombrias e passagens aterrorizantes. Em muitas das histórias o canibalismo, o voyeurismo, o incesto, o adultério e a violência estavam presentes. Da mesma forma muitos desses conteúdos ainda hoje estão presentes em nossas vidas de forma real ou simbólica, morando fortemente dentro da nossa imaginação. O que se vê hoje em dia são versões animadas e açucaradas, mas que mantém algum núcleo ainda muito específico e cheio de significados. A lembrança da sua fada e fábula favoritas na infância pode revelar muito sobre você. E então? Você se lembra quem era ela? 
Aline Maccari
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