Eles não são tão importantes assim

Diário da Astróloga: 11.10.22 | Embora a política no Brasil tenha ocupado um imenso espaço em nossas vidas, nossos dramas pessoais continuam. E na Temporada Libriana os relacionamentos, especialmente os amorosos, têm se tornado verdadeiros campos de batalha, entre a sala e o quarto, as redes sociais e os celulares, os choros e os lamentos intermináveis. 

No céu, a configuração do final de semana pra cá evidencia isso. De um lado temos o Sol em Libra, nos trazendo a consciência do feminino, dos relacionamentos, da partilha, do ser a dois. E do outro, a Lua Cheia em Áries do domingo e que reverbera por toda a semana, nos fala da consciência do masculino, sobre individualismo, vontade própria e conflito. Fazia tempo que não ouvia especialmente tantas clientes/pacientes, amigas e familiares sobre tanta discórdia, briga e separação. E na semana de Lua Cheia em que estamos e na próxima de Lua Minguante, poderão aumentar e muito os conflitos e os divórcios. Por isso hoje eu gostaria de trazer um conselho às mulheres: "Os homens não são tão importantes assim." 

NÓS PENSAMOS NELES, ENQUANTO ELES PENSAM NELES! A CONTA NÃO FECHA

É incrível o espaço que o masculino ocupa na vida das mulheres e o espaço que as mulheres ocupam na vida dos homens. Geralmente o universo masculino, devido a uma construção cultural, orbita ao redor de questões do mundo, do trabalho, dos acontecimentos cotidianos, dos sociais aos filosóficos. A educação masculina é orientada para fora, para o externo. E muito do feminino orbita ao redor dos homens. A educação feminina é voltada para o interno. As próprias genitálias, masculina e feminina, falam dessa formação que atravessa o físico e compõe um estar psicológico. Mas, nos tempos atuais, essa conta não fecha mais. Nas academias, nos salões de beleza, dos banheiros de balada ao consultório terapêutico... 90% do assunto a ser tratado é sobre os homens e o relacionamento com eles. O que me deixa espantada com o tamanho da fatia que oferecemos ao masculino. 

Embora estejamos na 3ª onda feminista e emancipadas em vários aspectos, muitas defendendo o feminismo, como deve ser inclusive, uma grande maioria continua fazendo das suas vidas uma oferta ao masculino como quem entrega a si como oferenda ritual, todos os dias. 

Na astrologia, as CASAS ASTROLÓGICAS são 12. Elas falam das mais variadas áreas da vida. No mapa, apenas as casas 5 e 7 falam de relacionamentos. O que me faz perceber novamente o quanto deixamos de lado várias outras áreas que seriam fundamentais para o desenvolvimento da nossa inteireza. Mas muitas mulheres ainda lidam com dinheiro, carreira, casa, família, saúde, trabalho, alimentação, estudos, futuro... a partir do olhar do outro, com o outro, dependendo do outro, atrofiando grande parte do seu desenvolvimento pessoal. 

É fundamental vivemos momentos de SOLITUDE, de encontro conosco e o nosso Self. É inclusive saudável manter distância física e emocional por um tempo, para que a dependência não nos impeça de evoluir. Muito cedo ouvimos de nossas mães e avós sobre a importância dos homens em nossas vidas. Na infância o pai é o "pilar da casa". E na vida adulta, as mulheres oferecem a chave de suas vidas para que os homens as conduzam. Mas, quem disse que os homens sabem quem são? Ou mesmo o que querem da vida? Ou para onde vão? As mulheres são tremendamente fortes. E seriam ainda mais poderosas se se unissem umas às outras numa SORORIDADE não apenas de lamentos, mas de cooperação, autoconhecimento e diversão também, porque não!? 

Os momentos mais importantes e desafiadores das vidas de muitas mulheres foram vividos só. O que mais ouço no consultório e pela vida são histórias incríveis de superação em que elas conseguiram, pelo o que tanto lutavam, sem a ajuda. Ou às vezes com um grande sabotador do lado, um marido ou companheiro, manipulador, abusador ou narcisista.  Por isso eu repito: "Nós não precisamos dos homens. Nós os desejamos ao nosso lado, se quisermos, quando quisermos e como quisermos." Ser feminista não é só sobre colocar os homens no seu devido lugar. É também sobre se colocar no seu devido lugar de importância, como mulher. Aliás, é quando sabemos do nosso lugar na nossa vida, como prioridade, que se torna mais fácil realocar todas as  demais relações.

Só depois de conquistada uma sensação de INTEIREZA e independência do masculino é que podemos regressar às relações inteiras, tomadas de nós mesmas. Portanto, não tenhamos medo da ruptura. Experimentemo-nos só. Experimentemo-nos ao lado de outras mulheres fortes e amigas. E não façamos dos homens novamente o centro do nosso universo. Embora eu adore e admire os homens, em alguns momentos cruciais, "ELES NÃO SÃO TÃO IMPORTANTES ASSIM!" E no fundo, lá no fundo, todos nós sabemos disso!

Hoje foi um dia de conselhos pessoais para as amigas, em tempos de discórdia. Bom feriado!

Aline Maccari Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana

Diário da Astróloga 11.10.22: Na Temporada Libriana um dos assuntos mais importantes é relacionamento amoroso. No vídeo de hoje eu faço uma reflexão que talvez possa ajudar as mulheres para que elas/nós compreendam que "eles não são tão importantes assim." Aline Maccari Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana

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