quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Espiritualidade e ação

Diário da Astróloga: 23/Fev/23 | É lindo o refrão "são as águas e março fechando o verão e a promessa de vida no seu coração". Mas a verdade é que as águas e agora também os terremotos e os ciclones entre Fevereiro e Março estão apavorando o mundo. O período da Temporada Pisciana é conhecido como um tempo de despedidas, desfechos e finais de narrativa. Afinal, estamos no último signo da jornada zodiacal. E em seguida, por volta de 21/Março, vivemos o Equinócio e a mudança de estação, com a chegada da Primavera e do Outono. De modo que este é um final de ciclo anual que transita entre o simbólico e o real, "assim na Terra como no Céu". Entretanto, de alguns bons anos pra cá, alguns períodos tem se tornado mais críticos por causa de vários eventos de intervenção humana na realidade da natureza, entre eles as Mudanças Climáticas. 
Há mais de 10 anos esse é um assunto que se vem falando na mídia. Portanto, não deveria ser novidade para ninguém. No círculo científico, esse é um dos temas mais importantes nos últimos 30 anos. É por isso que não basta orar, meditar, é preciso agir. Outro dia, em conversa com o Frei David e o Padre Júlio Lancellotti falávamos exatamente sobre isso. É preciso ter uma espiritualidade em ação, que promova mudanças reais e não que apenas espera, contempla e peça.

MESMO CÉU, REALIDADES DIFERENTES

O céu é o mesmo para todos. Da última Lua Cheia pra cá aconteceram terremotos na Turquia e na Síria que já mataram quase 48 mil pessoas. As enchentes em decorrência das chuvas históricas no litoral de São Paulo levaram até o momento 48 vítimas. E o ciclone mais devastador da Nova Zelândia levou 11. 

A questão é que apesar das catástrofes naturais turbinadas pelas Mudanças Climáticas têm sido encarada de modos diferentes. Enquanto na Síria várias pessoas morreram soterradas porque o Estado Islâmico não permite a chegada de grupos de ajuda; enquanto no Brasil a população trabalhadora  morre soterrada nas encostas com pouco suporte; na Nova Zelândia, diferentemente, uma dezena de pessoas se tornaram vítimas fatais. Isso se dá por uma série de fatores, entre eles a POLÍTICA. Falo aqui em política não como algo feito por políticos, não estou falando de partidarismos neste caso. Embora a política seja muitíssimo feita, praticada, distorcida e barganhada por eles. Mas falo da POLÍTICA, como o modo de organização coletivo que assumimos para cuidar dos assuntos da POLIS, a sociedade. Neste quesito, sinto-me muitíssimo política, pois me preocupa muito o que podemos fazer para mudar o nosso futuro, seja no bairro, na cidade ou no país. 

Sempre digo que o destino pode ser acachapante para todos nós. Mas é o livre arbítrio que nos fará viver esse mesmo destino da pior ou da melhor maneira. Enquanto na Turquia ou no Brasil faltaram alarmes, avisos, responsabilidade social, econômica, arquitetônica e ambiental, na Nova Zelândia sobraram alertas, avisos com grande antecedência e senso de coletividade. Os jornais neozelandeses avisavam há dias sobre o que poderia vir a acontecer, apontando saídas, lugares de abrigamento, rotas, escolas e ginásios que estariam abertos para receber as vítimas do ciclone. Os canais de comunicação divulgavam a todo o momento que as pessoas deveriam preparar uma pequena mochila para evacuação imediata, carregando consigo um par de tênis, roupa limpa, lanterna, barras de cereais, pilhas e até pequenos rádios para o caso da queda de energia e impossibilidade de uso da internet. 

É fato que há diferenças históricas, econômicas e territoriais entre esses países. Cada um tem a sua formação. A Nova Zelândia foi um país que teve sua história moderna iniciada por uma colonização de povoamento e não de exploração, como a nossa. E a origem das coisas muda todo o panorama sobre como um país irá crescer e se desenvolver. Aqui estamos falando, entre tantas coisas, de psique coletiva. Mas se há algo que podemos aprender com a experiência de alguns países é sobre responsabilidade pública e cidadã, disciplina, respeito e organização coletiva. Nós podemos aprender a agir de maneiras diferentes e a cuidar uns dos outros. 

Não é possível que em países como Japão ou Nova Zelândia a solidariedade se estenda a seus compatriotas, com ações comunitárias, enquanto no Brasil a ganância nos faça pagar 93 Reais por um litro de água na área dos desastres. Ou seja, se não morrermos soterrados, morreremos de sede? Há quem tenha perdido o Carnaval por causa do desastre no Litoral Norte e com a retomada do clima já esteja voltando para tomar sol na praia, enquanto do outro lado da rodovia, pessoas ainda esperam para serem retiradas da lama. Isso na cabeça de um japonês ou um neo zelandês seria inconcebível. Como alguém é capaz de jogar frescobol na praia enquanto há alguns metros alguém morre enterrado vivo? Mas isso é cultural e cultura pode mudar e evoluir. Assim como a política, a forma de nos organizarmos por uma sociedade mais evoluída, também pode mudar e evoluir. Mas isso depende de vontade.

TEMPORADA PISCIANA

As águas até março sempre fecham o verão e infelizmente nem sempre trazem promessa de vida nos nossos corações. Em Peixes sempre estamos falando de desencarnes, às vezes em massa. Mas também de experiências pessoas e coletivas tão profundas que não é possível que nada se transforme dentro de nós. Em Peixes, é diante da experiência da finitude que algo precisa nos mobilizar internamente. A não ser que já tenhamos nos tornado seres desalmados. É aqui que sentimos, nos unimos e agimos, em nome de uma espiritualidade que vibre mais alto ou de uma sociedade mais compassiva, que chore conjuntamente seus mortos, mas também proteja o seu futuro. 

Eu costumo dizer que sofremos uma pandemia moderna de NORMOSE. Acreditamos que tudo é normal. Vemos pessoas morrendo à nossa frente e quanto mais pretas e pobres menos elas nos tocam. Nós precisamos acordar deste estado de torpor. Seja para uma nova POLÍTICA, uma nova sociedade ou um novo ciclo. Em Áries, já já a saga começa novamente. Teremos início a uma nova chance de evolução sem promovermos nenhuma transformação? Espiritualidade é ação!
COMPARTILHE!
Aline Maccari Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana





Diário da Astróloga: 23/Fev/23 Estamos enfrentando um tempo de muitas catástrofes. Os terremotos na Turquia e na Síria, o ciclone na Nova Zelândia e agora as chuvas e enchentes no litoral de São Paulo. A Temporada Pisciana é conhecida de fato como um período de despedidas e finais de ciclo. Mas há muito mais o que podemos compreender sobre o momento. Olhar esse tempo com as lentes piscianas é o que tento fazer no vídeo de hoje. Aline Maccari Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana
O link segue na BIO☝ e nos STORIES ☝
YOUTUBE👉 www.youtube.com/aastrologa

CRÉDITOS / CREDITS: Cena de algum filme de desastre com uma menininha loira no colo de um "herói". Só menininhas loiras merecem ser salvas? Mas poderia ser uma cena no Japão, Brasil, Turquia, Síria ou Nova Zelândia.
DIREITOS AUTORAIS: Agradecemos o compartilhamento dos conteúdos da "A Astróloga", desde que sejam preservadas a sua originalidade, integridade e sentido, sem prejuízo à compreensão do mesmo e mantido o crédito à autora: Aline Maccari @aastrologa. A publicação parcial ou total de textos ou vídeos sem a creditagem correspondente pode acarretar em crime de plágio, sendo passível de punição. Obrigado àqueles que ajudam a divulgar adequadamente este trabalho.

TAGS: #AlineMaccari #Astrologia #Astróloga #Astrology #Astrologer #NatalChart #MapaAstral #Signo #Zodíaco #Mitologia #Psicologia #CarlJung #Autoconhecimento #CéudaSemana #Previsãoastrológica | #Espiritualidade #Previsão2023 #JúpiteremÁries #SaturnoemPeixes #PlutãoemAquário #TemporadaPisciana #GuerradaUcrânia #Putin #enchente #terremoto #ciclone #signodepeixes #desencarne #mudançasclimáticas #catástrofe

Postagens mais visitadas