quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Orfeu e o amor escorpiano


O mito de amor e morte de Orfeu é uma da histórias que explica as experiências de amor em Escorpião
Tudo por amor! Ou pelo menos entorno dele, o mais nobre dos sentimentos. Uma das mais belas histórias de amor e morte da mitologia grega é a de Orfeu e Eurídice. Ele era um grande poeta. Homem de bem que encantava a tudo e a todos com sua música. Ela, a mais bela de todas. Perseguida por um admirador obcecado ela foge, no caminho tropeça num tronco e é mordida por uma cobra (o Escorpião em forma de serpente).
Orfeu entra em desespero com sua morte. Sem conseguir aceitar, ele vai até o reino dos mortos, Hades (Plutão), para resgatá-la. O som da lira inebria Cérbero o cão guia dos infernos e ele consegue atravessar os subterrâneos.
Diante de Perséfone, a rainha das trevas, Orfeu implora que tenha sua amada de volta. Convencida da história de amor verdadeiro entre os dois, Perséfone convence Hades a entregar Eurídece de volta ao amado, ao reino dos vivos. Mas, com uma condição. Orfeu não deveria olhar para trás até que ela estivesse sã e salva do lado de lá, em terra firme, longe dos subterrâneos. No meio do trajeto, vacilante, ele se vira para trás num dado momento, já muito próximo da superfície da terra e em instantes Eurídece se perde num fio de voz e volta para o reino dos mortos. No mês escorpiano é impossível não falar de morte. Não é que a astróloga prefira esse tema. São os céus que estarão persistindo no assunto até a chegada do mês sagitariano. A sina de escorpião é de fato morrer e renascer. A aventura até as profundezas da terra em busca do amor verdadeiro é o caminho feito por muitas pessoas com aspectos importantes como Sol, Ascendente, Lua e Vênus em Escorpião ou em conjunção com Plutão, planeta regente deste signo. 
Orfeu Negro é o Orfeu brasileiro, ao som do samba
e da bossa nova de Vinícius de Moraes


De alguma forma será inevitável passar por essa experiência. Porque para eles, os escorpianos, só o amor profundo, apaixonado, com suas provas, desafios e ressurreições é algo digno de existir. A experiência de ir aos infernos em nome do amor ou com o amor é a mitologia da própria vida do sujeito que se repete e faz sentido para si intimamente. Nos dias que se seguem enfrentaremos aspectos tão desafiadores que poderemos nos sentir tentados a desafiar os limites da paixão (por alguém ou algo), perseguir provas impossíveis, travar duelos verbais, físicos, do sexo mais visceral ao gesto mais agressivo, em nome de renascimentos simbólicos. É como se somente após tantas provas o sentimento fosse de fato digno de ser vivido. Essa é uma história que habita muitos escorpianos e se repete de tempos em tempos. É difícil se livrar dela, porque geralmente os escorpianos são tomados inconscientemente por esse mito. Em meses escorpianos os nativos de outros signos também poderão perceber essa temática no ar. No entanto, a dois, seria interessante perguntar ao ser amado se esse tipo de amor lhe serve. Não é fácil viver quebrando e remendando vasos de louça. Por quanto tempo o amor resistirá a tal dinâmica? 

Aline Maccari

Link: https://www.youtube.com/watch?v=uwn4vYR_3Y4

O mito virou peça de teatro nas mão de Vinícius de Moraes. É dele o Orfeu da Conceição que virou Orfeu Negro nas telas do cinema em 1959. Este foi o único filme brasileiro a ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro. Orfeu vive seu amor nas favelas do Rio de Janeiro, procura Eurídice num terreiro e a história se desenrola no mais brasileiro dos cenários. Lindo!

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