As Moiras são as fiandeiras do destino. Clothó é a que segura o fio do tempo, puxa o fio da vida e atua sobre os nascimentos. Láquesis é a que sorteia o fio de quem irá viver ou morrer, desenrolando o novelo da vida. Átropos é a inflexível, a que corta o fio da vida, a última instância antes da morte.
As moiras, deusas do destino, foram estudadas por Carl Jung,
assim como tantos outros mitos que guardam realidades psíquicas profundas. O
artigo que segue abaixo é fruto de uma pesquisa realizada durante meu curso de
formação como analista junguiana. Nele, traço um paralelo entre as deusas que
movimentam nossas vidas, permitem ou impedem alguns acontecimentos específicos,
como se de alguma forma elas fizessem parte do nosso próprio inconsciente,
pessoal ou coletivo.
Sobre o que acontece conosco não seríamos nós, os responsáveis
de alguma forma pelo o que se sucede? Não seriam os golpes do destino uma
estratégia do próprio Self (nossa centelha divina) para que de alguma forma a
vida entre de fato nos trilhos? Jung dizia que "até nos tornarmos
conscientes, o inconsciente irá dirigir nossas vidas e nós o chamaremos de
destino."
Aline Maccari
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