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A Lua fica Cheia em Capricórnio entre 1º e 3 de julho. O que está atrás da porta que precisa ser revelado? Algo poderá vir à tona, tornar se público. |
No céu há uma cruz invisível há muito tempo. No topo há
Plutão no signo de Capricórnio formando um ângulo tenso (uma quadratura em 90º) com
Urano em Áries. Só isso já é motivo de observação e reação. Cá embaixo, quando esses planetas se movimentam e se colocam alinhados com precisão algo acontece, já aconteceu exatamente desta forma várias vezes na história. E como esses planetas configuram o céu do momento, tudo o que se una a eles pode dar o "start" a determinadas situações.
Em tempos de transformações sociais, conflitos, violência, mudanças e transições podemos perceber a última interferência dessa lógica recentemente. Semana passada, nos dias em que
Marte, deus do sexo, entrou em Câncer (em oposição a Plutão em Capricórnio) e a
Lua entrou em Libra (em oposição a Urano em Áries), signo de justiça, presenciamos uma mudança de paradigma com a legalização do casamento gay em todo o território norte americano.
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A Lua Cheia em Capricórnio salienta principalmente os temas ligados a sociedade, status, poder, dinheiro, trabalho, rigidez, sistemas de governo, regras, leis e restrições. |
Uma data marcante para quem vive esse dilema tão desafiador, impulsionada pela grande cruz que se fez no céu novamente com os planetas alinhados. O que a
grande cruz em signos cardiais nos traz é uma reflexão sobre
o que acontece comigo e com o outro, na vida pública e na vida privada. O que acontecia entre quatro paredes foi às ruas e parâmetros legais passam a reger uma forma de amor. Uma mudança de padrão que vai contaminando positivamente o mundo e nos fazendo perceber que é hora de andar para frente que para trás não dá mais. Essa mesma tensão no céu traz desde incongruências, passando por restrições, depressões, confusões até radicalismos extremos.
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Toda vez que a grande cruz é acionada nos sentimos
divididos, separados. Mas, o chamado é para a
integração das partes separadas de nós mesmos.
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No mesmo dia houve atentados no Kwait, Tunísia e França. Com a entrada da Lua, no signo de Capricórnio, podemos esperar uma nova intensificação desses temas e liberação dos acontecimentos, inclusive e mais fortemente devido à conjunção com
Plutão no mesmo signo. Não será uma
Lua Cheia Capricorniana comum, já que a grande cruz está montada. A arma está carregada e um gatilho poderá ser pressionado. Entre os acontecimentos previstos há uma gama de possibilidades. O céu pode interferir intimamente na vida do sujeito fazendo o sentir que está na hora de fazer algo, sem covardia. É tempo de ação! Podemos sentir que algo nos impele à transformação dentro de casa e no trabalho, conosco ou com o parceiro(a). Em nível coletivo pode ser mais uma data de acontecimentos que mudam o rumo das coisas. Esse grande impulso de ação ou reflexão pode acontecer aos olhos de todos ou tão intimamente que só nós mesmos consigamos perceber a diferença. Tomando como impulso a novidade da semana passada,
que tal "sairmos do armário"? Isso mesmo! Não falo apenas de sexualidade, falo de temas delicados, espinhosos, segredos, no entanto, se expostos podem ser libertadores. O que há de tão bem escondido que não possa ser contado e dividido? Já imaginou o quanto pode ser agradável a sensação de dividir com alguém um fardo que carregamos sozinhos? Tirar do armário é sair das sombras, do calabouço, da ilegalidade. É permitir que o que há de mais legítimo, nem bom nem ruim, seja finalmente integrado à vida.
Aline Maccari