quinta-feira, 24 de março de 2022

Refletindo sobre a loucura

Diário da Astróloga: 24.03.22 | 
Nós precisamos falar sobre a "LOUCURA". Porque ela sempre esteve no meio de nós, embora todos tentemos escondê-la. Porque é um dos últimos temas tabu da sociedade. E porque este é um ano para se falar sobre isso, devido aos posicionamentos dos planetas nos céu que tornam o tema mais grave e portanto mais explícito.


ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU
Com tantos planetas em Peixes, como há 166 anos não se via, o contato com o nosso inconsciente, seja ele coletivo, familiar ou individual se faz tremendo.

Não sei se o cenário entre pandemia, seguida de desastre financeiro e guerra que nos deixou tomados de ansiedade, angustia e pavor ou se foi esse combo de afetos assustadores que contribuiu para chegar onde chegamos. A última vez em que tivemos um posicionamento celeste como este foi em 1856. Naquele ano vimos vários planetas em Peixes juntos a Júpiter (regente moderno do signo) e Netuno (regente antigo). O Stellium ou aglomerado planetário, em Peixes, reforça suas qualidades, evidenciando toda a sensibilidade do último signo da roda zodiacal. Em Peixes vivemos a delicadeza, a fragilidade, o exílio, o hospício, o refúgio, a cadeia, o hospital... até o bar, o cinema ou o palco. Entre a arte e o sonho, entre a genialidade e a loucura, em Peixes somos o fim e o começo. É por isso que estamos num limbo, entre o último signo e o que virá. É por isso que em Peixes estamos no fino limite entre a consciência e a inconsciência.

CAUSA SOLITÁRIA
De uns bons anos pra cá o mundo evoluiu tanto. As mulheres se irmanaram de tal forma que criaram uma nova expressão e um movimento, a sororidade e o #MeToo. Os negros se uniram com tanta bravura que vimos o "black lives matter", "vidas pretas importam". A comunidade LGBTQIA+ se uniu com tal senso de fraternidade que nunca se debateu tanto sobre todos os tons e subtons das orientações, desejos, escolhas e opções de ser e estar. 

Mas os loucos!?Ah! Os loucos! Como se unirão? Se cada um deles está possuído por um complexo arquetípico que os faz mergulharem de maneira individual em sua própria realidade psíquica, como irão se unir, se defender e se posicionar juntos? É por isso que o sofrimento psíquico é um assunto que deve mobilizar a todos nós, a partir de um forte senso de empatia, num exercício de se colocar na pele outro para tentar compreender minimamente os infernos que habita. Você imagina o quanto a loucura pode ser desesperadora? Há pessoas em grande sofrimento psíquico ao nosso redor e porque não enxergamos essa dor, não sabemos o tremendo desafio pelo qual estão passando.

INCOMPREENDIDA
A loucura é tão incompreendida, até mesmo nos dias atuais, que até hoje muitos tomam distância emocional e física para não se "contaminarem", como se a ela fosse contagiosa, como séculos atrás se pensava. Os loucos sempre foram negligenciados, merecendo o escárnio, os lugares ocultos da casa, o silêncio, às vezes vítimas de violência psicológica e física, a punição do corpo, o aprisionamento, até o choque elétrico para que calassem. E como se já não bastasse a solidão intrínseca à condição, a sociedade os ridiculariza, os aliena, os exclui como se o mundo não lhes pertencesse. Entretanto, a loucura do outro pode ser uma sombra familiar e/ou coletiva que está sendo ocultada.

UMA INDÚSTRIA
Com o avanço dos medicamentos psiquiátricos tornou-se ainda mais fácil e indolor "tirar um louco do caminho". Pílulas prometem homens e mulheres produtivos ao sistema, capazes de sorrisos artificiais e orgasmos nulos, já que muitas delas acabam com a libido, fonte de profunda energia física e psíquica. Sabe-se tão pouco sobre o assunto que a indústria farmacêutica põe nas prateleiras medicamentos com baixos índices de eficácia comprovada. E muitos deles nos tornam dependentes de um prática não muito diferente de uma LOBOTOMIA. A única diferença entre certos medicamentos e um eletrochoque é a cena, pois os efeitos finais são os mesmos. A quem interessa a contenção das emoções? É claro que há casos e casos. A partir do momento em que alguém possa atentar contra si mesmo e contra os outros, os medicamentos são recomendáveis. 

Mas para além disso, uma porcentagem cada vez maior de pessoas opta pela patologização das emoções e a auto medicação. Mas afinal, o que são comportamentos certos ou errados? Enquanto isso, a indústria farmacêutica vai se fazendo mais poderosa que a indústria bélica.

ESSES TEMPOS
O mundo já vivia um momento de grande expansão do sofrimento psíquico. Ansiedade, Pânico, Depressão, Burnout, Distúrbio Bipolar, Esquizofrenia e outros quadros cresceram assustadoramente devido ao nosso modo de ser e estar. Com a Pandemia, seguida de quebradeiras econômicas, o quadro se tornou praticamente uma pandemia psíquica, silenciosa e em paralelo. Com a guerra na Ucrânia, a ameaça nuclear e a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial, a "loucura" ganha lugar de destaque, entretanto nas camas, entre os travesseiros, taças, seringas, comprimidos, surtos de violência doméstica e auto mutilação e em várias outras manifestações que se fazem geralmente no ambiente doméstico. Por isso não é um tema tratado com a abrangência que merece, porque são DRAMAS PRIVADOS. 
Eles não estão nas ruas, nem nas redes sociais. Mas não é porque não aparecem na mídia cotidiana que não mereçam atenção. E eu diria que mais que nunca, especialmente pelos cenários sobrepostos que estamos vivendo e uma expectativa cada vez mais pessimista sobre o futuro que precisamos falar sobre o tema, inclusive porque é dentro da LOUCURA que está a CURA! 

O QUE FAZER?
Se você identifica, em si ou no outro, sentimentos e/ou comportamentos perturbadores, tome uma atitude. Como dizia Carl Jung, não somos nós que temos os complexos, mas os complexos que nos têm. Quando um pessoa está "fora de si", não tem o controle da situação. Portanto, não alimente a ilusão do autocontrole, imaginando que conseguirá resolver o problema sozinho. E esse é um dos pontos mais importantes. Sem ajuda, não é possível sanar a questão. É preciso ser honesto consigo e solicitar apoio profissional. Não tenha medo ou preconceito. Há excelentes profissionais para lidar com essa temática, entre psiquiatras, psicólogos e terapeutas. Apenas saiba escolhe-los. E se algo acontece com o outro, é preciso ser por ele como nossos irmãos mais iluminados o foram. É preciso amar e cuidar, porque em última instância, O OUTRO SOU EU MESMO. 

Não tenhamos preconceito! Falemos sobre os nossos desejos mais incompreendidos. Freud e Jung nos ensinaram que a cura vem pela palavra. É no ato terapêutico de reelaborar e contar ao outro o que se passa, que reelaboramos nossas realidades dentro de nós mesmos, as compreendemos melhor e as resolvemos. Portanto fale com seus amigos, familiares sobre o que se passa. Mas mais que isso, procure um profissional de saúde mental. O sofrimento psíquico é cruel, invisibilizado, menosprezado pela sociedade, mas ele existe e precisa ser tratado URGENTEMENTE! 
Futuramente, escreverei sobre as patologias que nos afligem na atualidade.
Aline Maccari Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana





Diário da Astróloga 24.03.22: Neste vídeo falo sobre uma grande preocupação atual que popularmente chamo de "LOUCURA". Hoje falo sobre o céu de 2022 que propicia o sofrimento psíquico, somado a todo o cenário atual de pandemia, escassez econômica e guerra, além do tema como um dos grandes e últimos tabus da sociedade. Enfim... este é o começo de algumas reflexões sobre o assunto que merece a atenção de todos nós enquanto sociedade. Estamos vivendo uma pandemia paralela em se tratando de saúde mental. Aline Maccari Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana
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CRÉDITOS / CREDITS: Olho, espelho da alma. Este é um dos símbolos do signo de Peixes. E para a astrologia médica, uma parte do corpo regida por Peixes. A imagem de hoje é de autoria desconhecida até o momento desta publicação. Se você o identifica, por favor nos informe para que possamos creditá-lo adequadamente.
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