quarta-feira, 23 de junho de 2021

Lua Cheia no eixo Câncer-Capricórnio: Ancestralidade

Diário da Astróloga: 23.06.21 | Amanhã, quinta-feira (24) viveremos uma Lua Cheia no eixo Câncer-Capricórnio. Neste par de signos opostos e complementares estamos falando de um lado da vida doméstica, questões privadas, o passado, a origem, os afetos e as sensibilidades, o feminino e os filhos, a família e a ancestralidade. Do outro, estamos lidando com o público, o trabalho, a ambição, o status quo, o sistema, a economia, a política, a engrenagem. Numa Lua Cheia, temos de um lado o Sol e do outro o luminar. Uma tensão natural que nos deixa exaltados e alertas, ainda que inconscientemente, quanto às questões envolvidas. Todos temos todos os signos em nossos mapas astrais. Mas, para pessoas com aspectos importantes, especialmente entre 2º e 5º de Câncer ou Capricórnio, o fenômeno terá efeitos mais evidentes que podem se manifestar desde sentimentos mais fortes até acontecimentos visíveis.

NO BRASIL
No Brasil, país formado pelas 3 matrizes raciais (europeus portugueses, negros africanos e índios ou povos originários), tenho visto um resgate riquíssimo em se tratando de nossas heranças africanas. O tema está em franco desenvolvimento, sendo debatido, ampliado, revisitado e ressignificado. Estamos vivendo tempos muito interessantes neste sentido. O Brasil tem revisto também suas origens e repensado bastante sua relação com a matriz portuguesa, visível também nos estudos sobre decolonização
Mas, a questão indígena ainda parece um tanto fora do radar. Fato é que somos todos mestiços. Todos temos, em alguma medida sangue português, negro e nativo em nós. Mas uma das pontas desta rica trindade tem sido apagada, aliás há 500 anos. É sabido que os povos originários do Brasil estão há 5 séculos tentando sobreviver ao que talvez nós conheçamos há cerca de um 1 e meio. 
Entretanto, de algum tempo para cá, a situação já tão degradada, tem se tornado ainda mais dramática. Além da Covid estar sendo devastadora para os índios, suas terras estão sendo cada vez mais invadidas por madeireiros, garimpeiros e grileiros. E como se não bastasse, suas terras demarcadas em governos anteriores estão prestes a deixar de serem suas. Portanto não me lembro quando os povos originários do Brasil passaram por um momento tão desafiador. Há dias índios acampados aqui em Brasília, manifestam contra leis que modificam as demarcações de suas terras, um direito garantido pela Constituição Federal. Entretanto, eles têm sido recebidos com truculência e o assunto não tem tomado a proporção exigida, no debate midiático ou público.

RESGATE
Se todos temos sangue indígena correndo em nossas veias, se os índios brasileiros estão sendo massacrados como nunca e se isso faz parte da nossa ancestralidade, corporeidade e espiritualidade, a questão do momento é uma questão para todos nós. 
Um dos chamados do eixo Câncer-Capricórnio é nos integrarmos às nossas origens, assimilarmos, respeitarmos e honrarmos nossos antepassados. Estamos tão alheios ao que está acontecendo no Brasil que a temática indígena tem sido mais visibilizada no estrangeiro que aqui no país. Há poucos dias o filme "A Última Floresta" do diretor Luiz Bolognesi, em parceria com o xamã Davi Kopenawa Yanomami, recebeu no Festival de Berlim de Cinema, o Prêmio do Público. Uma denúncia clara e evidente do massacre ao povo Yanomami e que merece não apenas rodar o mundo, mas antes de mais nada ser reconhecida pelo próprio povo brasileiro. 

Quando repensarmos e defendermos a questão indígena no Brasil, teremos honrado nossos pais, avós e bisavós. Em Câncer é preciso aceitar as origem porque em última instância, ainda que distante da nossa árvore genealógica, somos nós mesmos. E se não nos conectamos com o nosso passado, nossos filhos (cunhatãs e curumins) em algum momento sentirão falta deste alicerce para travarem suas lutas e conquistas públicas e sociais em Capricórnio. Pois quem não sabe de onde veio, não sabe para onde vai. A tão sonhada realização Capricorniana é como uma árvore que só cresce e para de pé se tiver raízes sólidas e profundas fincadas na terra, como pede Câncer.

Eu mesma desconheço minhas origens indígenas, como boa parte de nós, infelizmente. Mas tenho familiares com fortes traços indígenas que acabaram não fazendo parte da minha aparência física. Mas a ancestralidade indígena está no meu sangue, no meu inconsciente pessoal e familiar, em muitos dos meus hábitos, memórias e sonhos. Por isso aproveito este momento celeste para honrar meus irmãos sem pelos no corpo, minha mãe com seus lindos e lisos cabelos pretos, meu avô que eu não conheci... até chegar aos habitantes da floresta, ponto de partida de todos nós! 
Aline Maccari Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana
CRÉDITOS: A 1ª foto é de uma índia que atua no filme "A Última Floresta". A 2ª foto foi feita ontem, em Brasília, numa manifestação dos índios que lutam para garantir a demarcação de suas terras. Os mesmos foram recebidos com bala de borracha pela polícia numa das entradas da Câmara dos Deputados.




Diário da Astróloga 22.06.21: Nesta quinta e sexta viveremos uma Lua Cheia no eixo Câncer-Capricórnio. Por isso o vídeo de hoje trata do resgate da nossa ancestralidade. Um tema canceriano que é base para um Capricórnio bem resolvido, para pessoas mais integradas à sua diversidade interior e para uma sociedade mais plural e de consciente das suas origens. Precisamos reconhecer e honrar os nossos antepassados! Quem não sabe de onde vem, não sabe para onde vai! Aline Maccari Jornalista, Astróloga e Analista Junguiana
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CRÉDITOS: A Astróloga
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