quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O medo

No céu de Peixes sentimos medo.  Medo de quê? 
Aproximar-se de Pan (pânico)  pode acabar por desmitificá-lo.
Seria um desequilíbrio? Um excesso? Ou uma oportunidade ampliada? Seis planetas ocupam o signo de Peixes pelos próximos dias. São eles Sol, Mercúrio, Marte, Quíron e Vênus de mãos dadas com Netuno. Os efeitos desse céu em nossas vidas podem ser muitos. Super sensibilidade, delicadeza, altruísmo, amor, sonho, beleza, viagens, descobertas, inconsciência, delírio, engano são algumas das energias que pairam nos ares. Mas, especialmente hoje gostaria de falar sobre uma das qualidades piscianas que pouco mencionamos e que é muito presente. Uma vez atendi uma moça com Marte em Peixes em seu mapa natal. O planeta ocupava o topo no mapa, próximo ao ponto "ápice" que chamamos de Meio do Céu. Em posição privilegiada, Joana poderia usar esta grande qualidade para desenvolver uma carreira brilhante na psicologia ou no cinema, uma vez que Netuno, planeta regente de Peixes, rege a inconsciência, o onírico e a sétima arte. No entanto ela sentia medo, mas não um medo qualquer. Ela se sentia paralisada por uma força aparentemente invisível. De fato nada em sua vida cotidiana, em sua condição social ou familiar poderiam significar uma barreira a suas escolhas. Mas o medo a paralisava e ela sofria de "passividade crônica", inação. Para o sociólogo Zygmunt Bauman o medo é uma das sensações que marca nossa vida na sociedade pós-moderna. Ele é constante, pessoal, coletivo e estimulado diariamente. "O medo é mais assustador quando difuso, disperso, indistinto, desvinculado, desancorado, flutuantes, sem endereço nem motivos claros; quando nos assombra sem que haja uma explicação visível, quando a ameaça que devemos temer pode ser vislumbrada em toda a parte, mas em lugar algum se pode vê-la. "Medo" é o nome que damos a nossa incerteza: nossa ignorância da ameça e do que deve ser feito - do que pode e do que não pode - para fazê-la parar ou enfrentá-la, se cessá-la estiver além do nosso alcance. Diante de situações de medo os seres humanos oscilam entre as alternativas de fuga ou agressão." Com um céu tão pisciano a tendência é fugirmos e não enfrentarmos o monstro. Uma reação que pode nos distanciar exatamente do que mais precisamos resolver e do que libertaria nosso caminho de tantos obstáculos que nos fazem perder tempo na vida. Encarar o monstro de perto, ainda que ele seja muito maior que nós, poderia ser assustador demais para alguns, afinal nem todos estão preparados. Mas evitá-lo pode ampliar seu tamanho de forma indiscriminada e fantasiosa. O medo tem uma função: frear nossos instintos em nome da auto preservação. Mas em vários momentos nos afasta da resolução de um problema que pode ser um alívio quando resolvido. Nos próximos dias estejamos alertas quanto aos nossos medos e de que forma podemos nos aproximar deles para entendê-los, sem sermos reféns deles.
Aline Maccari

Trailer do filme O Labirinto do Fauno. Belíssimo! Se puderem assistam!
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